Entenda como foi construída a bíblia
Tradução da Bíblia
Condenação dos Evangelhos Apócrifos
O Concílio de Nicéia
325 D.C
– É realizado o
Concílio de Nicéia, atual cidade de Iznik, província de Anatólia (nome
que se costuma dar à antiga Ásia Menor), na Turquia asiática. A Turquia é um
país euro-asiático, constituído por uma pequena parte européia, a Trácia, e uma
grande parte asiática, a Anatólia. Este foi o primeiro Concílio
Ecumênico da Igreja, convocado pelo Imperador Flavius Valerius Constantinus
(285 - 337 d.C), filho de Constâncio I.
Quando seu pai morreu em 306,
Constantino passou a exercer autoridade suprema na Bretanha, Gália (atual
França) e Espanha. Aos poucos, foi assumindo o controle de todo o Império Romano.
Desde Lúcio Domício Aureliano (270 - 275 d.C ), os
Imperadores tinham abandonado a unidade religiosa, com a renúncia de Aureliano
a seus "direitos divinos", em 274. Porém, Constantino, estadista sagaz que era,
inverteu a política vigente, passando, da perseguição aos cristãos, à promoção do Cristianismo, vislumbrando a oportunidade de relançar, através da Igreja, a unidade
religiosa do seu Império. Contudo, durante todo o seu regime, não abriu mão de sua condição de sumo-sacerdote do culto
pagão ao "Sol Invictus". Tinha um conhecimento rudimentar da doutrina
cristã e suas intervenções em matéria religiosa visavam, a princípio,
fortalecer a monarquia do seu governo.
Na
verdade, Constantino observara a coragem e determinação dos mártires cristãos
durante as perseguições promovidas por Diocleciano,
em 303.
Sabia que, embora ainda fossem minoritários (10% da população do império), os
cristãos se concentravam nos grandes centros urbanos, principalmente em
território inimigo. Foi uma jogada de
mestre, do ponto de vista estratégico, fazer do Cristianismo a Religião Oficial
do Império: Tomando os cristãos sob sua proteção, estabelecia a divisão no
campo adversário. Em 325, já como soberano único, convocou mais de 300 bispos
ao Concílio de Nicéia. Constantino visava dotar a Igreja de uma doutrina padrão,
pois as divisões, dentro da nova religião que nascia, ameaçavam sua autoridade
e domínio. Era necessário, portanto, um
Concílio para dar nova estrutura aos seus poderes.
E o momento decisivo sobre a doutrina da Trindade ocorreu nesse Concílio. Trezentos Bispos
se reúnem para decidir se Cristo era um ser criado (doutrina de Arius)
ou não criado,
e sim igual e eterno como Deus Seu Pai (doutrina de Atanásio). A igreja acabou rejeitando a idéia ariana de que Jesus
era a primeira e mais nobre criatura de Deus, e afirmou que Ele era
da mesma "substância" ou "essência" (isto é, a mesma entidade existente) do Pai. Assim, segundo a conclusão desse Concílio, há
somente um Deus, não dois; à distância
entre Pai e Filho está dentro da unidade divina, e o Filho é Deus no mesmo
sentido em que o Pai o é. Dizendo que o Filho e o Pai são "de uma
substância", e que o Filho é "gerado" ("único gerado, ou
unigênito", João 1. 14,18; 3. 16,18, e notas ao texto da NVI), mas
"não feito", o Credo Niceno, estabelece a
Divindade do homem da Galiléia, embora essa conclusão não tenha sido unânime.
Os Bispos que discordaram, foram simplesmente perseguidos e exilados.
Com a subida da Igreja ao poder, discussões
doutrinárias passaram a ser tratada como questões de Estado. E na controvérsia
ariana, colocava-se um obstáculo grande à realização da idéia de Constantino de
um Império universal que deveria ser alcançado com a uniformidade da adoração
divina.
O Concílio foi aberto formalmente a 20 de maio, na
estrutura central do palácio imperial,
ocupando-se com discussões preparatórias na questão ariana, em que Arius, com
alguns seguidores, em especial Eusébio, de Nicomédia;
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